sábado, 17 de julho de 2010

Eu mudo, tu mudas, ele/ela muda... Nós mudamos! Férias em Santarém - parte 1




A cada vinda a Santarém um impacto diferente. Acredito que não há como não se impactar com tantas coisas, pessoas e situações diferentes. Ausências, presenças, mudanças, aparecimentos, desaparecimentos, continuidade...
A cidade continua estruturalmente uma lástima... Ruas esburacadas, lixo nas ruas, falta de saneamento, falta d’água, falta de pavimentação, um governo vergonhoso que inicialmente pensei que fosse mudar de uma vez por todas a realidade dessa cidade que tem tudo para ser uma ótima cidade... De Cidade “da gente”, Santarém não tem nada! As condições de emprego, moradia, custo de vida, educação e saúde continuam precárias.
Espero muito um dia retornar e ver toda essa realidade alterada... Amo minha cidade natal, tenho orgulho de daqui ter saído e sei que se um dia aqui retornar em definitivo, o farei com o mesmo orgulho que ostento desde que daqui saí.
Ao fazer uma análise do convívio, percebi que permanecem com importância e são importantes somente aquelas pessoas que realmente foram marcadas pelo amor fraterno que o tempo não apaga e que a distância não deixa morrer. Prioriza-se sempre aquilo/aqueles/aquelas que são dignos de o serem pelo respeito, estima, carinho e consideração. O tempo passa e devemos perceber que em nossas vidas as relações que realmente colaboram para nosso crescimento como sujeitos de um mundo que não pára são aquelas que nos valorizam pelo que somos(e não importa como estamos), pela nossa companhia, pelo o que podemos compartilhar sempre e pela alegria do convívio fraterno.
Posso dizer que perdi algumas “amizades” de acordo com a afirmativa anterior, mas a alegria que permanece em mim, se deve ao fato de que, as que ficam e atendem a demanda citada, são as que realmente importam.
Sentir as mudanças é algo sempre positivo. Sempre me possibilita várias reflexões. Em particular compartilharei com vocês a que mais tem me acompanhado nesses dias de férias em Santarém: Como estaria minha vida se em julho de 2006 eu não tivesse ido morar em Goiânia?
Tento me imaginar nessa cidade... Ainda moraria com os meus pais? Continuaria nos mesmos trabalhos? Que cursos teria feito? O que teria produzido? Que amizades teria feito? E meu coração como estaria?
Uma pergunta que puxa dezena de outras perguntas. Interessante é afirmar que em meu coração as respostas não vem de maneira fechada, mas sempre de uma forma positiva. Essas respostas tendem a se mostrar com a certeza de que eu teria realizado muito e teria sempre buscado mudar a minha realidade e das pessoas ao meu redor. Penso que isso é sinal de amadurecimento.
Estou muito feliz e com uma boa programação para a última semana de férias. Voltar a Goiânia vai ser algo motivante!!!
Deus sabe o quanto cada um de nós tem para colaborar neste mundo. Não sei quando retornarei para colaborar em Santarém, mas quero ter a oportunidade, se um dia assim me for permitido, de fazer o melhor e dar o melhor de mim para o bem comum.
Amo minha família, meus amigos, minha cidade... Em meu coração sempre há espaço para todos.
Um abração!